Em sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nesta terça-feira (21), deputados estaduais presentes debateram sobre a possibilidades de parlamentares do legislativo estadual participarem do grupo de trabalho criado para a BR-319 anunciada pelo Governo Federal na última sexta-feira (17/11). O deputado Dan Câmara (Podemos) ressaltou em sua fala que a decisão de criar um grupo de trabalho mostra a necessidade de atenção a trafegabilidade na via.
“Finalmente a criação de um grupo de trabalho. Um grupo de trabalho que tem o prazo de 90 dias e que irá ao local a cada vinte dias. E está previsto na composição uma pessoa do governo do Amazonas para acompanhar esse grupo de trabalho. A frente parlamentar dessa casa sobre esse assunto não participa do grupo de trabalho, as comissões dessa casa também não participam, quem efetivamente representa o povo do Amazonas não está participando deste grupo de trabalho”, disse o parlamentar.
O deputado Adjuto Afonso (União Brasil), diante da fala do colega propôs então que o parlamento amazônico faça parte desse grupo de trabalho.
“Nós temos que forçar que o Parlamento Amazônico possa fazer parte desse grupo de trabalho, independente de estados A ou B. Os maiores interessados na BR-319 são Acre, Rondônia, Amazonas e Roraima. Esses quatro estados que fazem parte do parlamento poderia ter pelo menos um de cada estado para participar disso aí. Penso que a Assembleia pode falar com o Parlamento Amazônico para que possamos participar desse grupo de trabalho”, disse Adjuto Afonso.
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O governo criou no dia 17 de novembro um grupo de trabalho que irá discutir soluções de infraestrutura e sustentabilidade da BR-319. A criação do grupo de trabalho foi publicada no Diário Oficial da União.
A rodovia, de aproximadamente 918 km, corta a floresta amazônica e interliga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). Ela é a única conexão terrestre da capital do Amazonas com o restante do país.
Apesar de sua importância, principalmente para o Amazonas, a BR-319 acumula uma série de problemas de infraestrutura. A rodovia tem grande parte de sua extensão, especialmente nos trechos do meio, sem pavimentação. Esses trechos de terra muitas vezes se transformam em lama durante períodos de chuvas, o que torna o transporte na região deficitário.