Parlamentares cobraram respeito aos direitos das pessoas com deficiência (PCDs) durante a sessão desta terça-feira (23) da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O deputado Álvaro Campelo (PV) repercutiu, na tribuna, o caso da advogada e ativista Nancy Segadilha, que acusou funcionários da empresa Latam de desrespeito durante check-in no aeroporto Eduardo Gomes, na última quinta-feira (18).
O deputado leu, na íntegra, o relato sobre o ocorrido publicado pela magistrada, que é tetraplégica e defensora da causa das PCDs, nas redes sociais. Ela conta que, ao tentar embarcar, foi informada de que todas as cadeiras premium já haviam sido ocupadas. Na ocasião, Segadilha tentou pagar por cadeiras extras e citou a resolução nº 280, de 2013, emitida pela Agência Nacional de Aviação (Anac). A norma estabelece reserva de assentos a passageiros com necessidades especiais no transporte aéreo.
Em seguida, um funcionário a teria abordado de forma grosseira e informado que a alteração causaria prejuízos no faturamento da Latam. “A advogada não quer a punição da empresa, e sim o cumprimento da norma“, ressaltou Campelo.
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Em seguida, a deputada Joana Darc (União) lembrou da Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, celebrada no período de 21 a 25 de agosto. E acrescentou que o problema enfrentado pela advogada é um exemplo das dificuldades com as quais pessoas com deficiência têm de lidar para garantir direitos.
A parlamentar, mãe de uma criança com síndrome de Down, afirmou que “o preconceito permanece oculto na sociedade”. Ela garantiu que vai continuar destinando emendas parlamentares a entidades de apoio a pessoas com deficiência, desde que respeitados os critérios de responsabilidade e transparência fiscal.
No início da sessão, o deputado Serafim Corrêa (PSB) chamou a atenção para outro fato que comoveu a opinião pública recentemente: as reclamações do desembargador Elci Simões contra o choro da filha da advogada Malu Borges, durante sessão online realizada nessa segunda-feira (22).
“A criança tem o direito de chorar. A mãe estava exercendo o seu sublime papel e respondeu educadamente, porque ela que foi agredida“, disse. “O senhor Elci Simões é um cavalheiro de fino trato, mas foi injusto”.