O vereador de São Paulo, Rubinho Nunes (União Brasil-SP), afirmou, nesta sexta-feira (5/1), que a retirada de apoio de quatro colegas parlamentares para abertura da CPI das ONGs do centro de São Paulo não afeta a instalação do colegiado.
“Eu respeito demais cada um dos vereadores, são vereadores que tenho um grande contato, tenho carinho por eles, entendo a base deles, mas isso não afeta em nada a instalação da CPI, pois nós temos um número significativo de assinaturas e a expectativa é de que ela seja montada em fevereiro deste ano, a respeito da retirada de assinaturas”, afirmou o vereador à CNN Brasil.
O pedido de abertura da CPI foi protocolado em dezembro com 25 assinaturas. Eram necessárias ao menos 19, ou seja, um terço dos 55 vereadores que compõem a Casa.
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O requerimento precisa ser aceito na pauta pelo Colégio de Líderes e aprovado por 28 votos, em plenário em dois turnos.
O vereador se disse “bastante surpreso” com a repercussão sobre a CPI.
“Especialmente com relação ao padre Júlio Lancellotti. Primeiro, porque ele não é sequer citado nominalmente no requerimento de abertura da CPI. Segundo, que é uma CPI que investiga as ONGs que atuam na região central de São Paulo, com atenção especial à região da Cracolândia”.
Apesar de não haver citação direta ao pároco no documento, o autor do pedido havia confirmado anteriormente que Lancellotti seria convocado tão logo a comissão fosse instalada.
“Essas ONGs fazem parte daquilo que a gente chama de ‘máfia da miséria’. O objetivo é investigar essas ONGs, onde elas atuam, quais as fontes de recurso, quantas pessoas elas atendem”, concluiu Rubinho.