A CPI do 8 de janeiro aprovou nesta quinta-feira, 24, as quebras de sigilos bancário e telemático da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O hacker Walter Delgatti também teve os sigilos quebrados.
Na semana passada, em depoimento à CPI, Delgatti disse que foi convidado pela deputada para falsificar uma invasão de urna eletrônica. Ele também afirmou que, por intermédio de Zambelli, participou de uma reunião telefônica com o ex-presidente Jair Bolsonaro, na qual Bolsonaro lhe questionou se poderia invadir urnas eletrônicas.
Em paralelo a isso, os dois são investigados pela Polícia Federal por suspeita de invasão dos sistemas informatizados do Poder Judiciário.
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Não existe prazo para o envio das quebras de sigilo, mas a entrega dos dados costuma ser rápida. O exame dos dados pode comprovar se os dois se associaram para tramar contra o sistema eleitoral brasileiro.
Questionada ontem pelo UOL, Zambelli afirmou que não teme o exame de suas mensagens, e-mail e contas bancárias.
As quebras de sigilo incluem ainda duas pessoas suspeitas de fazer parte do que ficou conhecido como “gabinete do ódio” do governo anterior: José Matheus Sales Gomes e Tércio Arnaud Tomaz.