Continua hoje, 17, o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto: pela manhã, ele disse que a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro lhe pediu para participar de uma falsificação de invasão a urna eletrônica, e que o próprio Bolsonaro lhe pediu para assumir um grampo eletrônico supostamente direcionado ao ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Alexandre de Moraes.
Após a retomada das atividades da comissão após o intervalo de almoço, Delgatti se recusou a responder aos questionamentos de parlamentares de oposição. A cada questionamento, ele se limitava a dizer: “Ficarei em silêncio”.
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A primeira vez que isto ocorreu foi durante a intervenção do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Delgatti chegou a se negar a identificar uma pessoa que aparecia numa imagem do Instagram. A foto postada mostrava o advogado Ariovaldo Moreira, defensor do hacker e que estava sentado ao lado dele. Moreira é alinhado à esquerda.
Delgatti, que se tornou conhecido com a “Vaza Jato”, o vazamento de mensagens de oficiais ligados à operação Lava Jato em 2019, tem o direito de ficar calado graças a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) tomada pelo ministro Edson Fachin.
A atitude do hacker despertou indignação dos parlamentares da oposição.
Veja abaixo vídeo de Delgatti repetindo “Ficarei em silêncio” na CPI: