Cotão da Câmara: Rosinaldo Bual gastou mais de R$ 258 mil com divulgação, combustíveis e advogados

(Foto: reprodução)
O vereador Rosinaldo Ferreira da Silva, o Rosinaldo Bual (Agir), não economizou nos gastos da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, o chamado “cotão” disponibilizado pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) a todos os vereadores. Nos oito primeiros meses deste ano ele gastou R$ 258.502,34 mil, deixando um saldo de pouco mais de R$ 6 mil.
Bual usou os recursos, que corresponde a R$ 33.085,85 mensais e cumulativos, para o pagamento de contas de combustível, divulgação da atividade parlamentar (mídia) e assessoria e consultoria técnica, no caso foram dois escritórios jurídicos.
O maior gasto com as verbas do cotão foi com Divulgação de Atividade Parlamentar. Neste caso ele concentrou o direcionamento da verba para a empresa Maely Indústria, Comércio de Confecções LTDA, empresa que aparentemente não tem a divulgação e propaganda como uma de suas principais atividades.
No total, a empresa, que segundo consta em sites de informações cadastrais pertence aos empresários Elisangela dos Santos Batista e Marco Aurélio Almeida Bader Júnior, aberta com um capital de R$ 50 mil, recebendo nos oito meses deste ano R$ 113.502,34.
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Combustíveis e advogados
O segundo maior gasto de Bual foi com combustível: R$ 107.500, mil, uma média mensal de R$ 13.437,50. O valor é suficiente para comprar quase dois mil litros de gasolina (R$ 6,99/litro). Em um carro com consumo médio de 10 quilômetros por litro, Bual viajou a cada mês deste ano o equivalente a ir e voltar ao Rio de Janeiro uma vez e meia.
Duas empresas foram responsáveis por vender combustíveis neste período, sendo a mais frequente a EL Comércio de Combustíveis LTDA, que recebeu R$ 95.500,00 em oito meses. A Auto Posto Samauma LTDA recebeu os outros R$ 12 mil gastos pelo vereador.
Em duas oportunidades neste período de oito meses, Rosinaldo Bual contratou escritórios de advocacia. Na primeira ele pagou R$ 10 mil a Bezerra & Cruz Advogados Associados por um trabalho de Assessoria e Consultória Técnica. Na segunda vez, houve o pagamento de R$ 10 mil ao escritório Nogueira e Paiva Advocacia.
Confira:

O vereador segue preso preventivamente, suspeito de operar um esquema de “rachadinha” no gabinete dele e investigado pelo Gaeco do Ministério Público do Amazonas. Além dele está presa a chefe de gabinete, Luzia Barbosa. Há também suspeitas de que ambos operem um esquema de agiotagem.
