Em entrevista ao Programa Lomittas Tá On, da Rede Onda Digital, nesta quarta-feira (5/2), o vereador Coronel Rosses (PL), falou que chegou a ser procurado por Rodrigo Guedes (Progressistas) candidato ao cargo de presidente da CMM, convidando-o para montar uma chapa ao qual seria vice-presidente.
“Poucos dias antes da nossa diplomação, em dezembro, o vereador (Rodrigo Guedes) me chamou pra montar uma chapa a qual seria vice-presidente. Conversei primeiramente com o deputado Péricles, conversei com o presidente do partido e conversei com o Alberto Neto. Teria que me aconselhar porque, primeiro que eu não conhecia o Rodrigo Guedes. E eles falaram, ‘olha, se tu confia no Rodrigo, vai que a gente apoia’. Até o Péricles falou ‘se isso der (chapa) liga, a gente tenta conversar com o Roberto Cidade, talvez ele tenha interesse nisso aí”, explicou o parlamentar.
Assim que conversou com seus conselheiros, irmão e deputado estadual Delegado Péricles e o deputado federal Alberto Neto, ambos do Partido Liberal, que apoiaram a iniciativa, percebeu que enquanto se aproximava o dia da posse, o distanciamento de Guedes para formalizar a chapa era mais nítido.
“Naquele momento ali ficou acertado isso, eu retornei de viagem, tentei contato com o Rodrigo Guedes, não consegui, na diplomação, não se dirigiu a mim. Eu tentei ainda falar com ele. Nem me cumprimentou, eu fiquei ali. E nada”, disse.
Rosses comentou durante a entrevista que ainda foi procurado dias depois por Rodrigo Guedes e que houve uma divergência de propostas. Foi então que optou por votar em branco.
“Passou tudo isso aí, quando estava faltando dois ou três dias ali para a posse, que logo em seguida seria a votação, ele me procurou para tomarmos um café, ‘Eu vim pedir o teu voto, coronel’ (pediu Rodrigo Guedes). Aí eu falei, pô, mas peraí. E aquilo ali que nós combinamos? ‘Não, não deu. Teve os acidentes de percurso’ (respondeu Guedes). Eu falei, pô, então me desculpa, meu irmão. Eu não tenho como votar contigo porque nós fizemos um acordo e eu comprometi pessoas ali, inclusive o meu irmão, que te deu ali um voto de confiança. Já que o objetivo disso aqui é mídia, porque a gente sabe que a chance de você ser eleito é zero hoje”, disparou Rosses.
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O vereador ainda falou durante a entrevista a falta de comprometimento por parte dos vereadores de oposição da Câmara Municipal de Manaus em formar uma chapa para concorrer às eleições da presidência e Mesa Diretora da casa legislativa.
“Reuniram e por duas, três, quatro reuniões não se chegou a um consenso que não haveria uma chapa de oposição, até porque, do lado da situação, o David (Almeida) prefeito, ele foi muito claro e sensato. Da eleição no segundo turno, na segunda-feira, ele já estava reunido com os vereadores para montar a chapa porque ele queria a predominância da Câmara Municipal. Do outro lado, quem era a liderança da oposição? Não apareceu. Esperávamos que fosse o governador, pelo menos os vereadores ali da União Brasil, na época liderados pelo ex-presidente da Câmara, o Caio André, tentaram ali, mas eu até falei na primeira reunião, cadê ele para estar aqui dizendo que ele quer montar a chapa? Passou, não tivemos nada”, disparou o parlamentar.