Coronel Rosses convoca buzinaço em apoio a Bolsonaro após ex-presidente ter prisão domiciliar decretada

(Foto: Divulgação)
O vereador Coronel Rosses (PL) convocou, nesta segunda-feira (5/8), “todos os patriotas e apoiadores” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para um buzinaço público em protesto contra o que classificou como “injustiças” cometidas contra o ex-mandatário. A manifestação está marcada para esta terça-feira (6/8), às 17h, na Avenida Djalma Batista, uma das vias mais movimentadas de Manaus.
“Estamos vendo uma perseguição política descarada contra o maior líder conservador deste país. É hora de nos unirmos e mostrarmos nossa força nas ruas!”, declarou Rosses.

O vereador pediu que os participantes levem cartazes, bandeiras do Brasil e demonstrem “amor à pátria e revolta contra essa afronta à democracia”.
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A mobilização ocorre em meio à repercussão da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi fundamentada em uma série de descumprimentos das medidas cautelares impostas ao ex-presidente, que está sob investigação por suposta incitação a atos antidemocráticos.
Entre as violações citadas por Moraes estão a chamada de vídeo feita por Bolsonaro ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) durante manifestação na Avenida Paulista, e a publicação de um vídeo nas redes sociais do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em que o ex-presidente aparece saudando manifestantes no Rio de Janeiro. O vídeo foi posteriormente apagado, o que, segundo o ministro, indicaria tentativa de ocultar o descumprimento das ordens judiciais.
“No dia 3 de agosto, o réu Jair Messias Bolsonaro realizou ligação telefônica, por chamada de vídeo, com seu apoiador político e deputado federal, Nikolas Ferreira, demonstrando o desrespeito à decisão proferida por esta Suprema Corte”, escreveu Moraes na decisão.
Ele destacou ainda que Bolsonaro está proibido de usar redes sociais, direta ou indiretamente.
O ministro também relembrou episódios anteriores, como a exibição da tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente em vídeo e entrevistas concedidas sem autorização judicial, interpretadas anteriormente como infrações isoladas. No entanto, a reincidência e o conjunto das novas ações motivaram a imposição da prisão domiciliar, além da apreensão do celular de Bolsonaro e restrição de visitas, que agora só podem ocorrer com autorização do STF.

