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Comissão de Direitos Humanos investiga ação da PF em municípios do rio Madeira

Senadores Plínio Valério e Damares Alves visitam, nesta quinta, municípios de Humaitá e Manicoré para apurar violações dos direitos humanos pela Polícia Federal
24/09/25 às 09:00h
Comissão de Direitos Humanos investiga ação da PF em municípios do rio Madeira

Foto: Polícia Federal

A presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH), senadora Damares Alves (Republicanos/DF), e o senador Plínio Valério (PSDB) farão, nesta quinta-feira (25/09), uma visita aos municípios de Manicoré e Humaitá, na região do Rio Madeira, para investigar denúncias de violações de direitos durante operação da Polícia Federal no combate ao garimpo ilegal.

A ação foi pedida por Plínio após a Polícia Federal realizar, no último dia 15, a Operação Boiúna, que destruiu 71 balsas/dragas de garimpo nos dois municípios. O senador alegou ainda a PF realizou ações de guerra, com helicópteros dando rasante nas margens dos municípios para assustar a população e explodir com bombas as balsas/dragas, poluindo o meio ambiente e causando a matança de peixes nas margens.

Segundo o requerimento do senador amazonense, a operação foi conduzida de forma “desproporcional” ao atingir embarcações de garimpo familiar e provocar riscos à segurança da população local, além de danos ambientais pelo derramamento de combustíveis no rio Madeira.

“Aquilo que a Polícia Federal fez exorbitou tudo. Foi uma operação digna de filme de Hollywood. No caso de Manicoré, a Polícia Federal explodiu em série, com helicóptero jogando bomba de gás lacrimogênio, e aterrorizou a cidade”, disse o senador.


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Privatização do rio Madeira

Plínio também criticou a inclusão da Hidrovia do Rio Madeira no Programa Nacional de Desestatização. O senador disse que é possível conjecturar que um grupo chinês ou um ligado ao grupo JBS vai vencer a licitação.

Ele lembrou que é pelo rio Madeira que passa toda a produção de grãos da região e lamentou a possibilidade de os ribeirinhos terem de pagar pedágio para usar o rio.

A concessão da hidrovia é uma das primeiras prevista no plano nacional, que é tocado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e que conta com o apoio dos armadores que operam na hidrovia, hoje sem balizamento ou obras de infraestrutura, como dragagem e portos adequados.