O vereador mineiro Nikolas Ferreira (PL), 26, entrou para a história da política brasileira como o deputado federal mais votado: 1,5 milhão de votos. O líder desse ranking no estado era Patrus Ananias, que fez cerca de 520 mil eleitores em 2002.
O número de Nikolas é cerca de cinco vezes o do segundo colocado —e seu adversário pessoal — no estado, o deputado federal André Janones (Avante-MG), que chegou a quase 240 mil votos. Nikolas estava em seu primeiro mandato como vereador, sendo o segundo mais votado da história de Belo Horizonte, com quase 30 mil votos, número muito menor do que sua atual votação.
Formado em direito pela PUC Minas e inimigo declarado de pautas caras à esquerda, como feminismo, causa LGBTQIA+ e vacinação, Nikolas coordena o movimento Direita Minas, que tem ampla adesão pelo estado.
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Sempre envolvido em polêmicas e extremamente ligado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), sua popularidade cresceu nas redes sociais durante a pandemia, quando se posicionou contra a vacina, o uso de máscaras, o isolamento social e o fechamento de serviços não essenciais. Apesar disso, ele contou ter tomado a primeira dose do imunizante para viajar à Europa.
Apesar da estrondosa votação, Nikolas não teve um bom desempenho na Câmara Municipal. Seu principal projeto diz respeito à proibição da linguagem neutra nas escolas e está em tramitação.
E, em parceria com outros vereadores, criou a lei que institui “Empreendedorismo e Noções de Direito e Cidadania” como tema nas escolas de ensino integral, além de mudar o nome do Parque das Mangabeiras para Parque das Mangabeiras Maurício Campos. O homenageado é um ex-deputado ligado à ditadura militar e já falecido.
Via UOL