O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Caio André (União Brasil), ordenou que os vereadores que trocaram de partidos durante a janela partidária informassem a Casa Legislativa até esta quarta-feira (10/04). À Rede Onda Digital, André negou que o ultimato fosse para definir quais parlamentares integram a base do governador Wilson Lima (União Brasil) na CMM.
No período de mudança de sigla, Caio André deixou o Podemos para se filiar ao União e agora pertence integralmente à ala governista. O UB também tem como expoente o pré-candidato à Prefeitura de Manaus e adversário do atual prefeito David Almeida (Avante) nas eleições, o deputado estadual Roberto Cidade, presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
“Não, eu não diria isso [definição da base governista]. É uma questão mais interna nossa. Para que nós tenhamos a divisão dos blocos partidários [na CMM] tanto no grande expediente. Nós temos a questão da CPI [da Semcom] que pode vir a ser implementada; a questão dos partidos também se fazem importante porque são os partidos que indicam os representantes nas CPIs; e outras participações tanto nas comissões como no dia a dia aqui do plenário e no dia a dia das reuniões das comissões”, disse Caio André.
Na Câmara, a formação dos blocos partidários serve para delimitar o tempo de pronunciamento de cada vereador durante o grande expediente, momento em que os parlamentares usam a tribuna da Casa Legislativa para discutir assuntos de interesse público. Mas em ano de eleições, como 2024, os vereadores também aproveitam o tempo de fala no plenário para exaltar as gestões de suas bases aliadas [Prefeitura de Manaus ou Governo do Estado).
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Maioria
O fim da janela partidária, na sexta-feira (05/04) passada, reconfigurou as forças das bases do prefeito David Almeida (Avante) e do governador Wilson Lima (União Brasil) na CMM. Os dois partidos são os que mais possuem vereadores da Casa Legislativa em comparação às outras legendas para as eleições municipais, em outubro.
O Avante, do prefeito David Almeida, lidera o número de representantes na CMM, com cinco vereadores: David Reis, Gilmar Nascimento, Eduardo Assis, Eduardo Alfaia e Joelson Silva). Já o União, do governador Wilson Lima, vem logo em seguida com quatro vereadores: Caio André, Professora Jacqueline, Diego Afonso e Everton Assis.
No caso do vereador Marcel Alexandre, que trocou o Avante pelo PL, o pastor não deve fazer oposição às demandas do chefe do Poder Executivo na CMM. Isso se não tiver uma determinação do partido contrária aos interesses do prefeito de Manaus nas votações de projetos na Casa.
“Quanto à minha postura em Manaus, eu continuo contribuindo com Manaus e votando naquilo que é favorável à Manaus sem me confundir com palanques ou chateações de A, B, C […] A cidade e meus apoiadores não precisam ficar assustados com a minha movimentação [partidária]”, disse Alexandre.