A deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) fez fortes declarações sobre os ataques que sofreu na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) durante entrevista ao programa Tribuna Livre, da Rede Onda Digital. Campêlo relatou ter sido vítima de agressões verbais e perseguições dentro do parlamento, destacando que os insultos e críticas são frequentemente direcionados a aspectos pessoais, uma realidade que afeta principalmente mulheres em cargos de poder.
A parlamentar afirmou que já foi chamada de “filha da p*” e “vagabunda” por colegas deputados, mencionando um episódio em que o deputado Abdala Fraxe, na época, proferiu uma ofensa enquanto o microfone estava aberto.
Além dos insultos, Campêlo revelou que foi perseguida e teve sua fala cortada diversas vezes no plenário. A deputada também contou que foi alvo de fake news e ameaças, um cenário que ela acredita ser ainda mais difícil para mulheres, já que as críticas costumam vir acompanhadas de ofensas de baixo calão.
“Quando vem contra a mulher, é sempre mais difícil, porque sempre vem palavras de baixo calão”, afirmou.
A deputada destacou que as mulheres parlamentares são frequentemente julgadas por aspectos pessoais que não afetam os homens na política. Alessandra ressaltou o machismo estrutural presente na política e o etarismo, termo que designa a discriminação por idade.
“A gente é julgada pela roupa, pela pessoa com quem a gente tem relacionamento, se a gente é mãe, se é divorciada, se não é. A mulher também é vítima de etarismo”, afirmou a parlamentar.