O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, acredita que o presidente Lula não vetará a alíquota de 20% sobre o imposto de importação para compras internacionais de até US$ 50. O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (28), e agora segue para apreciação no Senado.
Em entrevista à BandNews nesta sexta-feira (31), Alckmin comentou sobre a proposta inicial, que previa uma tributação de 60% para compras estrangeiras de até US$ 50. Ele destacou a importância de garantir condições justas para os produtos nacionais competirem com os importados, afirmando:
“A proposta inicial era tributar as compras que vieram do estrangeiro, de até US$ 50, em 60% no imposto de importação. Com o argumento correto, de quem paga os impostos no Brasil quer ter as mesmas condições com o que vem de fora para garantir empregos na indústria e no comércio”, destacou o vice-presidente.
Alckmin reforçou que houve um entendimento adequado para uma taxação justa, resultando na alíquota de 20%. Segundo ele, essa nova alíquota atende parcialmente às necessidades da indústria nacional, e acredita que o presidente Lula não vetará a proposta.
“O meu entendimento é que ele não vetará, porque isso foi aprovado praticamente por unanimidade. Foi um acordo de todos os partidos políticos e acho que foi um acordo inteligente”, completou.
Saiba mais:
- Câmara dos Deputados aprova taxa de 20% sobre compras internacionais de até 50 dólares
- Felipe Neto critica governo Lula e oposição por taxação de compras internacionais
Entretanto, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) expressou insatisfação com a alíquota de 20%.
Em uma nota publicada na quarta-feira (29) a CNI classificou a taxa como “insuficiente”. As entidades empresariais reconhecem a complexidade das negociações políticas, mas argumentam que a alíquota estabelecida não resolve a questão da competitividade entre os produtores nacionais e internacionais, uma vez que ainda é inferior aos impostos pagos pelos produtos brasileiros.
*com informações de BandNews e Carta Capital