O advogado e cientista político Diego de Lima Gualda, 40, deixou o cargo de administrador do braço brasileiro do X (ex-Twitter), em meio à recente polêmica causada pelos posts do bilionário Elon Musk, dono da rede social, que disse que poderia deixar de cumprir ordens judiciais no Brasil.
O desligamento de Gualda foi revelado por documento da Junta Comercial de São Paulo: Ele teria renunciado ao cargo em carta protocolada em 8 de abril último. O advogado estava na função desde agosto de 2023, e já fazia parte dos quadros da empresa.
No perfil dele no LinkedIn, há também a informação de que a atuação dele na rede social acabou neste mês.
Até o momento de postagem desta matéria, o X ainda não revelou o nome de um novo responsável para o cargo.
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Na última terça-feira (09/04), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes havia negado pedido do X no Brasil para que a responsabilidade por eventual desobediência a decisão judicial fosse atribuída ao X internacional.
Os advogados do braço brasileiro da empresa argumentaram que o escritório no país não teria “capacidade alguma para interferir na administração e operação da plataforma, tampouco autoridade para a tomada de decisões relativas ao cumprimento de ordens judiciais nesse sentido”. Moraes negou a postulação, afirmando que ela beirava a litigância de má-fé, e lembrou que por anos a plataforma se submeteu a determinações judiciais brasileiras e também participou de reuniões no STF.
A polêmica entre Moraes e o bilionário começou no último final de semana, quando Musk questionou em posts uma suposta “censura” no país e chegou a ameaçar fechar o escritório do X no Brasil. Depois, passou a atacar Moraes e também o presidente Lula (PT). Em resposta, Moraes o incluiu no inquérito das milícias digitais que tramita na corte.
Com informações de Metrópoles e Folha de S. Paulo.