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Adesão de professores é parcial no primeiro dia de greve, avalia diretor da Asprom-Sindical

Lambert Melo afirmou ainda que prefeitura poderá perder recursos federais se cortar o ponto dos professores grevistas
13/11/25 às 16:24h
Adesão de professores é parcial no primeiro dia de greve, avalia diretor da Asprom-Sindical

Vereadores criticam reajuste de professores – (Foto: Reprodução/Asprom Sindical).

O diretor do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom-Sindical), Lambert Melo, avaliou como positivo o ato de abertura da greve geral dos profissionais da educação contra a aprovação da Reforma da Previdência, realizado nesta quinta-feira (13/11).

Ele também alertou para os riscos que a Prefeitura de Manaus pode enfrentar caso adote retaliações contra os professores participantes do movimento.

“A lei de Diretrizes e Base da Educação Brasileira (LDB) é clara quando estabelece a necessidade de 200 dias letivos ao ano. Se cortarem o nosso ponto, ficamos desobrigados de repor as aulas ao fim do movimento e isso terá impacto nas contas da educação da prefeitura”, alertou o professor, que classificou de parcial a adesão dos professores ao primeiro dia de greve.

Ele citou como exemplo a possível redução na cota de repasses da Secretaria Municipal de Educação (Semed) provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Segundo Lambert, esses recursos só seriam normalizados com a reposição das aulas, garantindo o cumprimento dos 200 dias letivos previstos em lei.

A Onda Digital solicitou um posicionamento da Semed sobre o primeiro dia de greve, mas ainda não obteve resposta. Caso o órgão se manifeste, esta matéria será atualizada.


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Ausência da oposição no ato dos professores

A manifestação dos professores e pedagogos da Asprom-Sindical, realizada em frente à Câmara Municipal de Manaus (CMM), teve um forte tom político contra os 30 vereadores que votaram a favor da Reforma da Previdência, em primeiro turno, mas contou com baixa participação da oposição.

Durante o protesto, os manifestantes citaram nomes, criticaram e vaiaram os parlamentares que aprovaram o projeto, com destaque para Rodrigo Sá (PP) e Diego Afonso (União Brasil), que mudaram de posição no dia da votação e acabaram votando favoravelmente à proposta. O único vereador presente ao ato e que discursou no carro de som foi Rodrigo Guedes (PP).

O vereador José Ricardo (PT) informou ter uma agenda previamente marcada em Itacoatiara e apenas enviou uma mensagem de apoio ao movimento. Já os parlamentares da chamada “bancada da bala”, Sargento Salazar, Capitão Carpê e Coronel Rosses, além de Raiff Matos (todos do PL) não compareceram ao ato nem enviaram mensagem, embora sejam contrários à aprovação da reforma.