Trio foi preso na noite de segunda-feira (27/01), com quatro tabletes de oxi e duas armas de fogo, em zonas distintas de Manaus. Erick Ireno Martins da Silva, de 40 anos, Carlos Magno Griffith Pacheco, de 36 anos, e uma mulher que não teve o nome revelado, são classificados com alta periculosidade.
De acordo com o capitão João Dias, das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), a equipe realizava patrulhamento tático, por volta das 21h, quando recebeu uma denúncia anônima, via linha direta, de que um casal estava transportando entorpecentes em um carro Gol, de cor branca e placa QEY-8H77, até o bairro Puraquequara, na zona Leste.
“Eles foram abordados com quatro tabletes de entorpecentes e, ao serem questionados, informaram que teriam arma de fogo em sua residência. Comprovada a veracidade dos fatos, foi encontrado um cidadão na residência do casal portando duas armas de fogo”, explicou o capitão.
Diligências
Conforme apurado pela Rede Onda Digital, Erick, mencionado pelo casal, foi preso em um condomínio na avenida Torquato Tapajós, na zona Norte. No local, os policiais militares apreenderam uma pistola calibre marca Jericho 941 produzida por Česká zbrojovka (CZ) da República Tcheca, disponível no calibre nove milímetros, e um revólver calibre 38, fabricada pela empresa americana Charter Arms Corp.
Leia mais:
Dupla em moto executa borracheiro a tiros na zona Leste de Manaus
DEHS investiga assassinatos de dois homens na zona Norte de Manaus
Crime no Pará
Ainda segundo o levantamento da polícia, Erick foi preso pela Delegacia do Consumidor (Decon), por envolvimento no crime de furto em uma agência do Banpará, localizada no bairro do Telégrafo, em Belém, ocorrido no dia 7 de abril de 2019. Ele foi localizado após denúncia anônima na companhia de dois comparsas, em um motel, no bairro do Coqueiro, em Ananindeua, na Grande Belém.
Segundo as investigações da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), coordenada pelo delegado Ivens Carvalho Monteiro, à época, Erick e outros dois homens, identificados como Elder Benvindo Bonfim e José Santiago de Albuquerque, entraram no banco, arrombaram o cofre da agência e furtaram R$ 160 mil.
Durante as diligências, a Polícia Civil apreendeu um carro usado pelo trio, vários comprovantes de boletos de depósitos bancários, e recuperou R$ 3,1 mil subtraídos da agência. Um quarto envolvido no crime conseguiu fugir para outro estado.
Histórico criminal
Em 2019, Erick, com 35 anos, natural de Belém (PA), já respondia por crime previsto na Lei Maria da Penha no âmbito da violência doméstica. Elder, com 34 anos, natural de Salvador (BA), não tinha antecedentes criminais. José, com 44 anos, natural de Recife (PE), respondia por associação criminosa no Rio de Janeiro.
Todos confessaram a participação no furto da agência Banpará e foram indiciados por crimes de furto qualificado e associação criminosa. Eles foram levados para audiência de custódia no Fórum Criminal, no bairro da Cidade Velha, em Belém.
Ação policial em Manaus
Em Manaus, a droga apreendida na primeira intervenção policial tinha como destino o Pará, e seria despachada em uma embarcação no porto do Puraquequara. Carlos e a mulher foram flagrados no momento em que acompanhavam o embarque dos entorpecentes.
A polícia confirmou que Erick possui processos criminais por Lei Maria da Penha, furto qualificado, associação para o tráfico de drogas e ameaça, enquanto Carlos Magno tem passagens por roubo, adulteração de placa de veículo automotor, porte ilegal de armas de fogo e cárcere privado mediante sequestro. Além dos crimes, Carlos Magno ingressou com uma ação judicial contra Marcos Klinger dos Santos Paiva, comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Amazonas.
O trio foi apresentado por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo, junto com a materialidade apreendida, no 14º Distrito Integrado de Polícia, na zona Leste da capital, para procedimento cartorários.