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Saiba quem são os influenciadores suspeitos de golpe com rifas

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Que os influenciadores Isabelly Aurora, Lucas Picolé e Mano Queixo, levavam uma vida de luxo e exposição na internet todos sabiamos, não é mesmo? Mas não esperavamos um escandâlo como este, de fraude na venda de rifas pela internet.

Juntos, eles acumulam mais de 500 mil seguidores nas redes sociais, fascinados em acompanhar a vida que o dinheiro e o luxo podem proporcionar.

Saiba quem são os influciadores presos pela Polícia Civil na operação Dracma suspeitos de movimentar R$ 5 milhões em apenas um ano com esquema de rifas ilegais:

Lucas Picolé

João Lucas da Silva, ou popularmente conhecido como “Lucas Picolé”, somando mais de 300 mil seguidores, o jovem de 24 anos é dono de uma loja de itens de luxo na Zona Leste de Manaus. Com o nome “Menino de Ouro” em sua conta – que foi desativada a pedido da Justiça do Amazonas – o influenciador ostentava carros importados e roupas de grife. Segundo a polícia, o suspeito se passava como uma referência para meninos da periferia, exemplo de ascenção da pobreza a riqueza.

Mano Queixo

Enzo Felipe da Silva, vulgo “Mano Queixo”, também acumulava centenas de seguidores antes de ter as redes sociais suspensa. O influenciador foi preso na casa de Lucas Picolé no último dia 27 e, assim como o amigo, também divulgava a fraude de rifas na internet. Ele dizia ser “imão” de Picolé.

Isabelly Aurora

Não muito distante vem Isabelly Aurora, ou como se autodenomina nas redes sociais “A porrudinha”, ela é conhecida por divulgar viagens e carros de luxo para os seus mais de 350 mil seguidores. Um dos veículos, que foi apreendido na casa de Picolé no dia 27 de junho, era usado no sorteio nas redes sociais da influenciadora. Ela foi presa na segunda fase da operação dracma, deflagrada nesta quarta-feira (5) pela Polícia Civil.


Veja mais:

Influenciadora Isabelle Aurora é presa em segunda fase da operação Dracma, em Manaus

Influencers pedem desculpa a polícia após “rifa” para soltar Lucas Picolé


Quarto suspeito

Paulo Victor Monteiro Bastos também tinha milhares de seguidores e ao casar com a influencer Isabelly, duplicou o número de seguidores. Os dois mantiveram um relacionamento por mais de dois anos e após o nascimento da filho do casal se separam, mas mantinham um relacionamento saúdavel. Paulo já tinha passagem pela polícia por roubo de celular. Ele foi preso nesta quarta-feira (5), na segunda fase da operação Dracma juntamente com Aurora, suspeito de lavagem de dinheiro. Segundo o delegado responsável pela prisão, o homem ele estava armado no momento da abordagem.

“Durante as diligencias desta manhã conseguimos prender a Isabelly, ela que já tem um vasto histórico criminoso sendo presa outras vezes. Conseguimos capturar e dar cumprimento também ao ex-companheiro dela, o Paulo Victor. No momento da prisão foi encontrado com ele uma pistola calibre 9 milímetros, munições e um cartão de benefício previdênciario, o que possibilita indiciar ele por esses outros crimes. Nós vamos desdobrar ainda as investigações porque existem outros influenciadores que são alvos e vamos dar continuidade para reverter o inquérito a Justiça”, disse o delegado.

Em alguns vídeos gravados por Isabelly e Lucas Picolé, ambos apareciam fazendo brincadeiras para divulgar os sorteios.

“Ele conseguia angariar os seus seguidores com aquela atuação de cunho humorístico, tanto ele como a Isabelly. Eles acabavam assim tendo muitos seguidores que acabavam caindo no golpe”, disse delegado Cícero Túlio.

O esquema

Um dos principais indícios do esquema fraudulento é que um ganhador de um dos sorteios levou 10 motos de uma vez só, em maio deste ano.

No entanto, as investigações apontaram que o suposto vencedor comprou os veículos 15 dias antes do sorteio e o dinheiro teria sido dividido entre ele e Lucas Picolé, o responsável pela rifa.

“As motocicletas já se encontravam em nome dessa pessoa que figurou como ganhador antes do sorteio ter sido realizado. E isso é um forte indício de que há um esquema fraudulento, inclusive no resultado, na manipulação dos resultados de sorteios”, disse o delegado Cícero Túlio, titular do 15º DIP.

O dinheiro das vendas caía na conta da cunhada de Lucas Picolé. A mulher, suspeita de atuar na lavagem de dinheiro, era funcionária da Prefeitura de Manaus. Ela foi presa por receptação de produtos falsificados e solta em audiência de custódia.

O executivo municipal informou que exonerou a servidora e que não tinha conhecimento sobre as supostas atividades ilegais cometidas por ela.

Em nota, a defesa dos influencers afirmou que a prisão não se baseia em hipótese legal que justifique o encarceramento e que os fatos serão esclarecidos.

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