A Polícia Civil do Amazonas concluiu o inquérito do caso “Babá”, e classificou o tiro disparado pela esposa do policial civil, Raimundo Nonato Machado, identificada como Jusssana Machado contra o advogado Ygor Colares, como acidental. Nesse caso, a mulher responderá apenas por porte ilegal de arma e não por tentativa de homicício. Já o marido, policial, irá responder por lesão corporal.
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Na ocasião, a arma utilizada por Jussana era de seu esposo Raimundo Nonato e foi entregue pelo próprio policial, que ordenou que a esposa apontasse para Ygor.
O advogado de defesa de Ygor Colares, Josemar Berçot, falou sobre o assunto em entrevista para a TV A Crítica e declarou que houve corporativismo de classe por parte da PC-AM para beneficiar Raimundo e Jussana.
“Acreditamos que houve sim um corporativismo de classe. O delegado ao fixar o crime como lesão corporal, ele ignora 100% o depoimento da vítima e das testemunhas e adota como verdade absoluta somente o que foi dito pelo Sr. Raimundo e pela Sra. Jussana, e nós lamentamos muito”.
Ele afirma ainda que um detalhe crucial dos fatos que pode mudar o rumo das acusações também foi ignorado durante a investigação.
“O delegado analisa exatamente este ponto e finda por concluir que houve um disparo acidental, excluindo, inclusive, a imputação de disparo de arma de fogo contra Jussana […] Ainda que ele interpretasse dessa forma, o delegado tinha que concluir pelo dolo eventual. Ora, uma pessoa aponta uma arma, coloca o dedo no gatilho, no mínimo responde pelo risco, a lei fala: Assume o risco de causar resultado”, enfatizou.
O advogado de defesa de Ygor Colares espera que o Ministério Público do Amazonas (MPAM) conteste os detalhes do caso e consiga agravar as acusações.