PC-AM prende jovem de 18 anos por estupro de vulnerável usando jogo ‘Free Fire’ como isca

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) prendeu em flagrante, na tarde desta terça-feira (7/10), um jovem de 18 anos investigado por uma série de crimes hediondos, incluindo estupro de vulnerável, armazenamento de pornografia infantil e injúria racial em Japurá. A ação contou com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM).

De acordo com o delegado titular Jandervan Rocha, o modus operandi do suspeito era se aproveitar da popularidade do jogo online ‘Free Fire’ para se aproximar de crianças e adolescentes. Sob a promessa de formar equipes para o jogo, ele obtinha os contatos das vítimas e, posteriormente, enviava conteúdo sexual explícito e mensagens com ofensas racistas.

As investigações começaram após uma denúncia do Conselho Tutelar, que foi acionado pela mãe de uma criança de nove anos. Ao verificar o celular do filho, ela se deparou com diversas mensagens de texto e áudio de conteúdo sexual e racista. Assustada, a família procurou as autoridades imediatamente.

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“Ao verificar o aparelho celular, ela encontrou diversas mensagens de texto e áudio com conteúdo sexual, além de ofensas racistas contra seu filho”, detalhou o delegado Rocha em coletiva de imprensa.

O delegado explicou que a abordagem do criminoso era dupla. Ele frequentava campos de futebol, locais com grande circulação de crianças, para ganhar a confiança dos menores. Paralelamente, usava o ambiente virtual do “Free Fire” – um dos jogos mais populares entre o público infanto-juvenil – para recrutar e isolar suas vítimas.

“Ele utilizava o jogo de celular ‘Free Fire’, muito popular entre crianças e adolescentes. Ele obtinha o contato das crianças para, supostamente, formar equipes e, a partir disso, praticava os crimes enviando mensagens a elas”, relatou Jandervan Rocha.

Durante os procedimentos investigativos, os policiais realizaram uma escuta especializada com a criança de nove anos. O depoimento foi crucial e revelou crimes ainda mais graves. A vítima relatou que o suspeito chegou a lhe mostrar fotos de um vizinho de oito anos em situações inadequadas.

Além disso, de forma chocante, o próprio acusado teria confessado à criança que abusou sexualmente do seu enteado, que também tem oito anos de idade. Esta informação abriu um novo front nas investigações, que agora apuram a veracidade dessa alegação e a identidade do possível novo vulnerável.

Diante do volume e da gravidade das evidências coletadas, a Polícia Civil ingressou com um pedido de prisão preventiva do suspeito, que foi prontamente deferido pela Justiça. O jovem foi localizado e detido pela polícia no mesmo dia.