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MP volta atrás e denuncia corretor suspeito de estuprar criança em provador de roupas em Manaus

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O Ministério Público do Amazonas (MPAM) voltou atrás e apresentou denúncia contra Rogério Lindoso, 31, suspeito de estuprar uma criança, de 4 anos, no provador de uma loja, em um shopping de Manaus.

Em abril, o MP tinha pedido o arquivamento do inquérito policial sobre o caso, alegando houve quebra da cadeia de custódia, o que indica que as filmagens do local da suposta cena do crime foram coletadas diretamente pela mãe da vítima, e encaminhadas a perícia criminal.

“utilizadas indevidamente para divulgação da imagem do suspeito, visando sua identificação rápida e sem a atividade investigativa sigilosa do Estado”, disse o MP em nota, na época.

A nova denunciado foi feita pelo promotor Fabrício Almeida, que responde agora pelo caso. Ele alega, que há indícios suficientes de autoria e materialidade comprovados pelo relato da vítima, das testemunhas, do exame de corpo de delito e das imagens extraídas das câmeras de segurança da loja.

“A agravante do recurso que dificultou a defesa da ofendida, por sua vez, resta demonstrada pela conduta do denunciado, consistente em colocar a mão na boca da ofendida, tapando-a, para impedir que ela respondesse aos chamados de sua mãe ou gritasse por ajuda, sendo está a única forma de defesa da criança frente ao porte físico do denunciado”, disse o promotor.

Em nota, o advogado de defesa Rogério, Alexandre Torres Júnior, defende o cliente como inocente.

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Leia nota na íntegra: 

“Referente a denúncia que o MP-AM pediu o arquivamento e voltou atrás, trata-se de uma manifestação exarada pelo excelentíssimo Sr. Procurador Geral de Justiça que declarou expressamente não conhecer o inteiro teor do inquérito, mas que ainda assim decidiu discordar do arquivamento em razão da gravidade abstrata da acusação.

Nosso posicionamento não mudou, seguimos com um robusto material probatório decorrente de investigação criminal defensiva que comprova a inocência, protocolamos notícias de crimes ao Ministério Público em razão dos abusos de autoridades sofridos, bem como informamos ao Conselho Regional de Psicologia a infração ética decorrente do relatório não fundamentado que compõe os autos do inquérito policial que na nossa visão é nulo e imprestável de pleno direito.

Sequer houve uma investigação, a investigação feita foi tão somente pela defesa que comprova sua inocência, a quebra de cadeia de custódia é o menor dos problemas que identificamos, se de fato a menor foi abusada por alguém, acreditamos não ter sido naquele dia e hora, mas isso dificilmente será descoberto em razão da irregular investigação enviesada.

Nossas graves revelações serão feitas no momento adequado nos autos do processo judicial, onde vamos expor ao magistrado as graves informações que obtivemos no âmbito dessa desastrosa operação policial que resultou em um indiciamento de um inocente.

Dentre as práticas, listamos inclusive a tentativa de intimidação por parte da Policia Civil ao nosso perito técnico contratado pela defesa técnica e da difamação e técnicas de lawfare utilizadas politicamente para tentar constranger a defesa do acusado que sim, é inocente até que haja pelo menos um processo judicial em seu desfavor.”

Relembre o caso

No dia 11 de março de 2023, as câmera de segurança de uma loja num shopping na zona Norte de Manaus registraram um movimento suspeito no pravador feminino, envolvendo uma criança de 4 anos e o corretor de imóveis Rogério Lindoso.

A câmera mostra o momento em que a mãe aparece com a menina. A mãe vai a uma das cabines femininas, e é quando a menina distraída é levada pelo corretor até o provador masculino.

Depois de um tempo a criança retorna e é vista procurando a mãe. Esta então encontra a filha vinda da ala masculina, e a criança relata o abuso a mãe.

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