As licenças ambientais emitidas antes da Operação da Polícia Federal, que revelou um esquema de corrupção de fraudes fundiárias e a venda ilegal de créditos de carbono, no Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), serão reavaliadas pelo órgão.
A informação foi divulgada no site do Instituto, no qual diz que o prazo para a resolução dos problemas é a próxima segunda-feira (16/12). Veja o comunicado:
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“Informamos que, devido à mudança de gestão do Ipaam, foi necessário a remissão das licenças ambientais já deferidas. Solicitamos a compreensão de todos e pedimos desculpas pelo atraso na entrega das referidas licenças. Ressaltamos que este entrave será solucionado até a próxima segunda-feira, 16 de dezembro”, diz trecho do comunicado.
‘Operação Expurgare’
A operação da Polícia Federal foi deflagrada, na segunda-feira (09/12), no Amazonas, Rondônia e Pernambuco e revelou que os servidores do Ipaam utilizavam suas posições para facilitar práticas ilegais, como a emissão de licenças ambientais fraudulentas, suspensão de multas e autorizações irregulares para desmatamento. O órgão informou que descapitalizou cerca de R$ 1 bilhão.
O então presidente do órgão, Juliano Valente, foi exonerado um dia após a prisão de dois servidores do Ipaam e o cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão. Rosa Mariette Oliveira Geissler, diretora técnica do Ipaam, assumiu o comando do Ipaam interinamente.