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Defesa de PMs presos por estupro de indígena promete reviravolta no caso; um segue foragido

Defesa de PMs presos por estupro de indígena promete reviravolta no caso; um segue foragido

A advogada Viviane Batalha Cacau, responsável pela defesa de policiais militares presos por estupro de uma indígena de 29 anos, da etnia Kokama, prometeu uma reviravolta no caso. Ela afirmou que os PMs são inocentes e que “há vasto material comprobatório que comprova a inocência dos acusados”.

Inocência

Além disso, a defesa afirmou que os suspeitos “são vítimas de uma grave injustiça e de uma campanha midiática precipitada”. Os detalhes sobre a prisão dos militares serão divulgados durante coletiva de imprensa marcada pela própria advogada dos suspeitos, nesta segunda-feira (28/07).


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Prisão

De acordo com o Ministério Público do Amazonas (MPAM), cinco homens — quatro policiais militares e um guarda municipal —, suspeitos de estuprar uma indígena da etnia Kokama durante custódia irregular em uma delegacia no município de Santo Antônio do Iça, interior do Amazonas, foram presos neste sábado (26/07) e domingo (27/07), após o MPAM apresentar pedidos de prisão preventiva à Justiça.

Um PM — que estava em missão —, deve se entregar nas próximas horas, conforme informações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPAM.

Ameaças

No depoimento prestado na sexta-feira (25/07) às promotoras de Justiça Priscila Pini e Lilian Nara, a vítima confirmou os abusos, além de relatar atos de humilhação, tortura e intimidação por parte dos agressores. Ela também afirmou que, após ser transferida para a Cadeia Pública Feminina de Manaus, policiais militares foram até a casa de sua mãe, em Santo Antônio do Içá, para fazer ameaças, em tentativa de silenciar a vítima e a família.

Foragido

Um dos policiais militares está foragido, no entanto, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPAM, ele deve se entregar nas próximas horas.

PM se manifesta

Em nota, a Polícia Militar afirmou que dos cinco pedidos de prisão, quatro já foram atendidos, estando um ainda está em aberto e que deve ser finalizado e apresentado em breve às autoridades. Além disso, foram abertos procedimentos internos para apurar as denúncias e conduta dos agentes, que por determinação do comando da instituição foram afastados das atividades de rua e tiveram suas armas funcionais recolhidas.

A PM ressaltou que “o Comando da corporação tem atuado na resolução do caso, além de estar prestando todos os esclarecimentos necessários às autoridades que atuam nas investigações”. A corporação disse ainda que “repudia todo e qualquer ato de violência contra a mulher e já trabalha para reforçar medidas internas que coibam a prática de atos que atentem contra a integridade física, moral e psicológica das mulheres”.