A Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública vai instaurar procedimento para apurar a conduta do delegado Mário Melo, preso pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (21/11), suspeito de envolvimento em esquema criminoso de corrupção no município de Humaitá, no interior do Amazonas.
Em nota, a Polícia Civil informou que “não tolera qualquer tipo de irregularidade ou desvio de conduta por parte de seus servidores” e que “as investigações seguirão todos os trâmites legais para apurar os fatos e as responsabilidades”.
A polícia disse ainda que está colaborando com as investigações conduzidas pela Polícia Federal, “a fim de garantir a elucidação total dos fatos”.
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Além do delegado, são investigados o secretário de infraestrutura, Edvaldo Meireles, e de um advogado.
Ao todo foram cumpridos um mandado de prisão em desfavor do delegado e 11 mandados de busca e apreensão em Humaitá, Itacoatiara e Manaus. Além disso, foram bloqueados R$ 10 milhões que supostamente foram movimentados durante a ação criminosa. De acordo com a PF, o secretário e o advogado serão indiciados.
Segundo a investigação, os envolvidos utilizavam-se de suas posições de confiança para desviar e comercializar bens apreendidos pela PRF que eram encaminhados à Delegacia da Polícia Civil em Humaitá.
De acordo com a PF, os proprietários dos carregamentos apreendidos eram levados pelo advogado alvo da operação até a delegacia, onde era feito o pagamento de propina ao delegado para a liberação da carga.