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Caso Djidja: “Fiz o que estava ao meu alcance, por que a família não ajudou?”, diz maquiadora da Belle Femme

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A maquiadora Claudiele Santos da Silva esteve na tarde desta terça (11/6) no 1° DIP (Distrito Integrado de Polícia) para prestar depoimento e esclarecer a situação sobre a sua prisão domiciliar. A investigada, que trabalhava no salão Belle Femme, depôs no âmbito do inquérito policial sobre a seita religiosa e o uso da droga ketamina pela família da ex-sinhazinha Djidja Cardoso.

A defesa solicitou à Justiça a conversão da prisão preventiva em domiciliar de Claudiele por estar cuidando de uma filha de 2 anos. Ela foi à delegacia explicar sobre a situação da sua criança, que no momento está sob os cuidados do seu pai, com quem divide a guarda da bebê. Ela informou que está entrando com pedido para ficar com a guarda definitiva da criança.

A maquiadora depois falou à imprensa sobre a repercussão do caso. Ela disse:

“As pessoas estão atacando muito todos os profissionais da empresa [salão Belle Femme], e a própria empresa. Estão lá mais de 200 funcionários que precisam levar o seu sustento para casa. Essas famílias precisam trabalhar, assim como eu também preciso. Agora, eu vou ter que reconstruir a minha vida, tanto profissional quanto pessoal. Vocês não conseguem imaginar o que eu tô passando. Eu tô destruída, isso destruiu a minha vida. Eu tô devastada, e estou tentando reconstruir. Preciso ser forte para aguentar o que ainda vai vir pela frente e para cuidar das minhas filhas, que são a minha prioridade”.

Veja abaixo:


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Ela também falou novamente sobre sua relação com a família Cardoso:

“Cheguei a dar banho na Djidja. Eu não diria que tentei salvar [Djidja], porque acho que cada um tem o seu poder de escolha, assim como a polícia, que foi lá com Samu após a denúncia. Eu não estava presente, mas soube depois. A polícia queria tirar ela de lá, mas ela disse que não queria ser internada, que estava bem.

Eu ia lá quando era chamada, para fazer cabelo, e via lá o estado em que ela estava. Eu dava banho nela, fazia tudo que estava ao meu alcance. Mas eu não podia entrar lá dizendo que estava com a ambulância e ia te levar para uma clínica. Eu não sou parente, sou funcionária e colaboradora da empresa. Por que a família não fez isso? Por que a família, que fez a denúncia à polícia, não foi junto naquele dia? Disseram que a Cleusimar os impedia de entrar lá, ninguém nunca foi impedido de ir lá.

Por que esses familiares culpam os funcionários, e a empresa Belle Femme? É esse o meu questionamento. E depois que a Djidja morreu, foram fazer aquele escândalo, aquele estardalhaço, uma vergonha. Ao invés de chorarem o luto pelo ente querido, foram brigar. Se fosse minha filha, meu parente, eu teria movido céus e terras. Mas quem sou eu para julgar?”.

Veja abaixo:

No momento, a prisão domiciliar de Claudiele Silva está mantida. Ela continuará sendo monitorada por tornozeleira e cumprindo medidas cautelares.

Segundo o delegado Cícero Túlio, a situação da guarda da filha de Claudiele está sendo analisada pelo Poder Judiciário.

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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