Comecemos pela história política recente: em 2020, Coronel Menezes concorreu à Prefeitura de Manaus e obteve 110.805 votos; ele havia se despedido da Suframa no mês de junho daquele ano, e nas eleições superou nomes conhecimentos do mundo político, como o deputado Alberto Neto e o ex-senador Alfredo Nascimento, conquistando na urna um protagonismo político indiscutível. Hoje não falarei das inúmeras brigas infantis desse período.
Pois bem, dois anos depois, em 2022, temos Coronel Menezes novamente em uma posição de protagonismo, momento político que recebeu para o Senado Federal um número histórico de 737.875 votos. Uma votação dessas credencia qualquer um a disputar qualquer cargo na República, e todos esperavam de Menezes um grande papel em 2024; o que não ocorreu, muito pelo contrário, depois de sua saída do PL e sua filiação ao PP, o ex-candidato ao Senado caiu no ostracismo.
Fora das manchetes e sem polêmicas para se manter em evidência, Menezes sumiu das notícias do mundo político ao ponto de precisar recorrer ao que chamou de “Live feira do Menezão”. Uma espécie de “Mais Você” da política, onde ele se propôs, mais uma vez, a nomear os seus desafetos políticos, que já somam quase toda classe política amazonense, afinal, com quem Menezes ainda não brigou?
Contrariando 2020 e 2022, 2024 não parece muito auspicioso para o pré-candidato à vereança, podendo até não ter a “votação histórica” que o seu grupo gosta de espalhar pelos bastidores. Há quem diga que o vereador Rodrigo Guedes (PP) pode facilmente ser o mais votado da sua sigla, o que ninguém ficaria surpreso, uma vez que Guedes é um dos vereadores mais atuantes da Câmara Municipal de Manaus (CMM).