As lojas de bijuterias e presentes do comerciante Guozhen Zeng, de 42 anos, no centro da capital paulista, são bem iluminadas, limpas e arejadas. No entanto, essa imagem é um contraste com o cenário de horror e tortura nos bastidores, onde ele mantinha 26 cães, sendo 24 deles da raça american bully.
Na tarde da última quinta-feira (22/08), o homem foi preso por maus-tratos, após as polícias Civil e Militar flagrarem as “sucursais do inferno”, nas palavras do delegado João Blasi, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPCC).
Após audiência de custódia, o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve o comerciante preso por tempo indeterminado.
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Em duas lojas localizadas na República, a Polícia Civil constatou que os american bullys eram criados para serem vendidos, ilegalmente, entre R$ 3 mil e R$ 5 mil.
“Privados de luz, privados de oxigênio, privados de comida e água, privados de espaço, sempre aspirando um ar miasmático [fedorento], na escuridão completa”, descreveu o delegado Blasi após se deparar com o porão e as condições nas quais os animais eram mantidos.
Além da privação do básico — os animais patinavam nas próprias fezes —, a polícia apurou que o comerciante ainda dava socos e pontapés nos cães, “pela volúpia gratuita de castigar”.
Além dos 24 american bullys, a polícia localizou outros dois filhotinhos adquiridos pelo comerciante, que ele acreditou, em um primeiro momento, serem da raça dachshund, o famoso salsicha.
O homem teria orientado as suas funcionárias para que “não os alimentassem e os deixassem morrer por inanição, mesmo uma delas argumentando que lhes arrumaria adotantes”, afirmou Blasi.
Em depoimento, logo após ser preso, Guozhen Zeng negou os maus-tratos e argumentou que mantinha os animais nas lojas, “como cães de guarda”.
*Com informações do Metrópoles
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