Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) aprovada no último dia 1º e divulgada hoje, 7, revelou que o governo incinerou um total de 1,9 milhão de doses da vacina AstraZeneca contra a covid-19 no ano passado, porque não foi distribuído aos estados antes do fim do prazo de validade pelo Ministério da Saúde.
O ministério aceitou a doação de 2.187.300 de doses de vacinas AstraZeneca vindas do governo dos Estados Unidos por meio de uma cooperação internacional. Elas chegaram ao país no dia 21 de novembro de 2021, a menos de 40 dias do prazo de vencimento (que era em 31 de dezembro).
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Após a chegada, o governo mandou amostras dos imunizantes para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para análise de qualidade. A Anvisa emitiu autorização para uso em 10 de dezembro de 2021. Dessas vacinas, apenas 282 mil foram distribuídas às unidades da federação; outro 1,9 milhão não foi efetivado a tempo.
O TCU aponta que a falta de planejamento levou ao “descarte da quase totalidade dos imunizantes, gerando despesas de quase R$ 1 milhão, com transporte, desembaraço aduaneiro, armazenagem e incineração, sem trazer benefícios à população”. O órgão considerou que a decisão de aceitar os imunizantes tão perto dos vencimentos foi um erro, que deve ser ressarcido ao erário.
O TCU quer o ressarcimento dos gastos, estimados em R$ 1 milhão, pelos responsáveis pelo desperdício.