O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, manifestou, nesta quarta-feira (22/11), solidariedade à família de Cleriston Pereira da Cunha. Ele era o preso pelos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília que faleceu na segunda, 20/11, enquanto tomava sol no Complexo Penitenciário da Papuda.
Barroso falou sobre o caso no início da sessão de hoje no STF. Ele disse:
“Toda perda de vida humana, ainda mais quando se encontra sob custódia do Estado brasileiro, deve ser lamentada com sentimento sincero. Manifesto, em nome do tribunal, solidariedade à família”.
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De acordo com ofício da Vara de Execuções Penais, Cleriston teve um “mal súbito”. Ele chegou a ser socorrido por outros detentos, Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu.
Ele estava preso desde janeiro deste ano por participar da depredação do Congresso Nacional em 8 de janeiro. A defesa do acusado apresentou pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo a soltura de Cleriston, em agosto deste ano. Como base para o pedido, foi apresentado um laudo médico indicando que ele possuía uma condição cardíaca e que corria risco de morte caso permanecesse preso.
Barroso continuou:
“O ministro Alexandre de Moraes já determinou a apuração das circunstâncias em que se deu a morte de um cidadão brasileiro nas dependências da Papuda, ao que tudo indica, de causas naturais. As estatísticas revelam que morrem quatro pessoas por dia nos presídios brasileiros, em geral por causas naturais, que podem ser agravadas pelas condições carcerárias”.
Cleriston foi velado na terça (21/11). Alguns deputados bolsonaristas participaram da cerimônia, como os distritais Pastor Daniel de Castro (PP) e Thiago Manzoni (PL), e os federais Bia Kicis (PL-DF), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Marcel Van Hattem (Novo-RS).
*Com informações do Metrópoles.