Um levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado hoje, 19, apontou que o preço do ovo de galinha subiu cerca de 23% em um ano. É a maior alta do produto em uma década no país, sete vezes maior que a inflação oficial do país, que hoje está em torno de 3%.
O ovo é considerado um alimento coringa para o brasileiro, uma grande fonte de proteína possível de ser consumida quando não se consegue comprar carne bovina ou de frango. Mas o preço está pesando no bolso dos consumidores.
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No mesmo período do último ano, em que o ovo teve sua alta, as carnes e o frango ficaram mais baratos, com reduções de aproximadamente 6,73% e 3,94%, respectivamente.
A explicação é que o Brasil reduziu a produção, devido ao aumento no custo da ração e ao fato de que as exportações do produto cresceram, por conta de casos de gripe aviária em alguns países.
A alta no preço do ovo gera um efeito cascata. Panificadoras, por exemplo, cujos produtos levam ovo em 90% das suas receitas, têm de repassar pelo menos uma parte desse aumento aos clientes.