Na segunda (25/3), uma equipe de investigadores da Polícia Militar Ambiental (PMA), realizou uma análise inicial na sucuri Ana Júlia, de 6,5 metros. Ela foi encontrada morta no domingo (24), à beira do rio Formoso, no município de Bonito (MS), a 247 quilômetros de Campo Grande.
As análises preliminares apontam que não foram encontrados perfurações ou indícios de que a cobra tenha sido morta a tiros.
A notícia da morte de Ana Júlia foi divulgada pelo fotógrafo e documentarista Cristian Dimitrius. Em seu post nas redes sociais, ele indicou que a cobra tinha sido morta a tiros.
Leia mais:
Sucuri Ana Júlia, famosa internacionalmente, é morta a tiros em Bonito (MS)
VÍDEO: ‘Fight dos galos’ é desmanchado pela Polícia Ambiental, na BR-174
Conforme o delegado titular da Polícia Civil de Bonito, Pedro Ramalho, será feita uma perícia na sucuri nesta terça-feira (26), para verificar o que de fato ocorreu.
O delegado explicou:
“Se for comprovado que a morte foi provocada pelo ser humano, essa pessoa irá responder por crime contra a fauna”.
Ao longo de duas décadas, Ana Júlia se tornou uma figura familiar na região de Bonito, e apareceu até em filmagens internacionais. Ela foi batizada há cerca de 10 anos, durante uma filmagem da emissora britânica BBC, e virou símbolo da fauna da região.
O assassinato de Ana Júlia deixou fotógrafos e ambientalistas revoltados em Mato Grosso do Sul.
O comandante da PMA, coronel José Carlos Rodrigues, explica que, se comprovado o crime contra a sucuri, o responsável poderá responder por crime ambiental, que tem pena de detenção que varia de 6 meses a um ano, além de ser multado no valor que pode chegar R$ 500 mil.
A polícia também informou que, após a perícia, a sucuri será enviada para Campo Grande para ser embalsamada. Ela vai fazer parte do acervo de animais taxidermizados da Polícia Militar Ambiental e será incluída em exposições do órgão.
*Com informações de Metrópoles