Nesta sexta, 4, a Polícia Federal (PF) realizou buscas para encontrar possíveis resquícios da placa do carro utilizado no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro. Eles foram mortos em 2018.
As buscas ocorreram em linha de trem onde, de acordo com informações da delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz, réu preso pelo crime, os pedaços da placa do carro usado no atentado como Marielle foram descartados.
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De acordo com o depoimento de Queiroz, ele e o ex-policial Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista, picotaram a placa do carro e depois teriam jogado os pedaços na rodovia. Ele falou no depoimento:
“A partir da estação do Engenho de Dentro e, durante o caminho, Ronnie Lessa, de dentro do carro, foi jogando os pedaços de placa e as cápsulas através do muro. A ideia era que os vestígios se perdessem no cascalho em que ficam os trilhos”.
Segundo fontes da PF, foram encontradas partes de três placas de veículos roubados na estrada de ferro, mas devido ao tempo, os investigadores não encontraram a do carro clonado usado no crime contra Marielle e Anderson.
Queiroz e Lessa estão presos desde 2019. Queiroz também indicou a participação do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, preso pela PF no último dia 24.