A Petrobras, acumula perda de R$ 99 bilhões em valor de mercado desde 23 de maio, quando o governo anunciou a troca do CEO, com saída de José Mauro Ferreira Coelho e a indicação de Caio Paes de Andrade, mostra levantamento da Economática/TC.
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Só na última sexta-feira (17), a ação caiu mais 7%, perdendo R$ 27 bilhões em valor de mercado. Além do desgaste político, a Petrobras também sofreu com o derretimento do preço do petróleo.
As ações do setor petrolífero foram umas das responsáveis por puxar o principal índice da Bolsa de Valores brasileira para o lado negativo no pregão da última sexta-feira (17).
No fechamento, a 3R Petroleum (RRRP3) desabava 9,38%, cotada a R$ 36,80, seguida pela PetroRio (PRIO3), que caia 8%, a R$ 23,24.
As 15h desta terça-feira (21) os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) eram negociados a R$ 26,95, com uma queda de 2,43%. As ações PETR3 valiam R$ 29,76, com registro de queda de 1,42%.
No fechamento de ontem, no contexto da quarta mudança na gestão da empresa durante o governo Bolsonaro, as ações PETR4, com prioridade na distribuição de dividendos, subiram 1,14%, a R$ 27,62 o papel. As ordinárias (PETR3), com direito a voto em assembleia, tiveram alta de 0,87%, a R$ 30,19.
Em meio a esforços do Congresso Nacional e do governo para reduzir preços por meio da redução tributária, a ação da Petrobras, que pode limitar o efeito da queda de impostos para os consumidores, recebeu críticas até de quem sempre defendeu a paridade de preços com o mercado externo.
A abertura de uma investigação através de CPI a respeito dos lucros da empresa foi estimulada por Jair Bolsonaro a sua base aliada no Congresso. Deputados também querem discutir uma possível mudança na Lei das Estatais para facilitar mais mudanças na empresa.