Pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgada nesta quarta, 17/1, com base no imposto de renda mostra que os mais ricos estão concentrando cada vez mais renda no Brasil.
O levantamento divide os estratos em o milésimo (0,1%) mais rico, o 1% mais rico, os 5% mais ricos e os 95% restantes da população adulta (com 18 anos ou mais de idade).
O milésimo mais rico corresponde a cerca de 15 mil pessoas no topo da pirâmide social. Esse percentual viu sua renda praticamente dobrar (crescer 96%) entre 2017 e 2022.
Já entre a imensa maioria da população adulta (95% dos mais pobres), os ganhos não avançaram mais do que 33%, no mesmo período.
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A pesquisa diz:
“O que, ao que tudo indica, a confirmar-se por estudos complementares, elevou o nível de concentração de renda no topo da pirâmide para um novo recorde histórico, depois de uma década de relativa estabilidade da desigualdade”.
Os dados também apontam que a proporção do bolo apropriada pelos 1% mais rico da sociedade brasileira cresceu de 20,4% para 23,7% entre 2017 e 2022. Mais de quatro quintos dessa concentração adicional de renda foi absorvida pelo milésimo mais rico, constituído por 153 mil adultos com renda média mensal de R$ 441 mil em 2022.
Este é o primeiro cálculo da concentração no topo da pirâmide feito após a divulgação de dados mais detalhados do Imposto de Renda pela Receita Federal.
Com informações de Agência Brasil e Folha de S. Paulo.