Oito pessoas envolvidas no plano de sequestro e morte do senador Sergio Moro (União-PR) foram condenadas pela Justiça do Paraná. A trama foi descoberta em 2023 durante uma operação da Polícia Federal (PF), que investigava alvos ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Nove pessoas foram presas à época.
As investigações apontaram que o plano contra o senador foi motivado por vingança devido às mudanças no regime de visitas em presídios federais, implementadas durante sua gestão como ministro da Justiça e da Segurança Pública, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a PF, a facção criminosa também cogitava sequestrar Moro como forma de negociar a libertação de Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, considerado um dos principais líderes do PCC e condenado a mais de 300 anos de prisão.
Leia mais
VÍDEO: Imagens mostram assassinato de homens que planejaram sequestro de Sérgio Moro
Acusados de tentar sequestrar Sergio Moro são mortos pelo PCC em prisão de SP
A investigação revelou que ao menos dez criminosos monitoraram a família do senador em Curitiba, entre outros alvos. Em maio de 2025, 13 pessoas foram formalmente denunciadas pela Justiça por envolvimento no plano criminoso. Durante o andamento do processo, dois réus morreram na prisão e outros três foram absolvidos.
Entre os absolvidos estão Valter Lima Nascimento, Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan e Patric Uelinton Salomão, denunciados pelo crime de organização criminosa armada. Hemilly Adriane Mathias Abrantes foi absolvida da acusação de tentativa de extorsão mediante sequestro, sendo condenada apenas por integração em organização criminosa.
Em suas redes sociais, o senador Sergio Moro agradeceu às autoridades envolvidas no caso, destacando o trabalho do Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE/SP), da Polícia Federal, das polícias civis de São Paulo e Paraná, do Ministério Público Federal (MPF) e da Justiça Federal (JF). Moro ressaltou a necessidade de continuar as investigações para identificar o mandante do crime. “Solicitarei providências nesse sentido ao Ministro da Justiça. Não nos curvaremos a criminosos”, afirmou.