O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), presta um novo depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (19/11), em Brasília (DF). A determinação foi feita após arquivos apagados do celular de Cid serem recuperados pelas autoridades.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi preso no inquérito que investiga fraude em certificados de vacinação contra Covid-19 e também prestou depoimentos relativos à tentativa de golpe que teria sido elaborada durante o governo do ex-presidente, além de cooperar com as autoridades com informações do esquema de desvio e venda das joias sauditas.
Os novos achados nos computadores de Cid, inclusive, foram usados para cruzar informações que culminaram na prisão de um policial federal e quatro militares nesta terça na operação da Polícia Federal “Contragolpe”.
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Cid era um dos principais auxiliares de Bolsonaro durante o mandato. Ele fechou acordo de delação premiada com as autoridades para contar o que sabe sobre os fatos investigados em troca de uma possível redução de pena.
Por conta das novas descobertas da investigação, a PF pode concluir que Cid não cumpriu com as obrigações estabelecidas pelo acordo de delação premiada e fazer uma rescisão. A medida não anularia os depoimentos do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, mas cancelaria os benefícios recebidos por ele.