O presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, decretou intervenção federal na segurança do Distrito Federal após os atos criminosos que resultaram na invasão e destruição das dependências do Congresso Nacional, Senado e Superior Tribunal Federal (STF) neste domingo (8).
Lula, que cumpria agenda em Araraquara, interior de São Paulo, conversou com a imprensa e afirmou ter tomado ciência dos fatos por meio dos noticiários.
Devido a gravidade da situação, o presidente assinou um decreto que garante a intervenção federal no Distrito Federal para garantir a ordem até 31 de janeiro de 2023. O objetivo da intervenção é conter a mobilização. O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, foi nomeado o interventor.
O decreto de intervenção federal é previsto pela Constituição de 1988 em situações nas quais há, por exemplo, “grave comprometimento de ordem pública”.
Lula também criticou a conduta das Forças de Segurança do Distrito Federal, que escoltou os manifestantes até a Praça dos Três Poderes. O presidente também afirmou que identificará os envolvidos no ato criminoso, além dos financiadores e reforçou que “todas as pessoas serão encontradas e punidas”.
“Essas pessoas, esses vândalos, que nós podemos chamar de nazistas fanáticos, de fascistas, estão fazendo algo nunca visto nesse país. Você nunca viu um movimento de esquerda invadir o congresso nacional. Não há precedentes”, disse Lula.
Após o pronunciamento, a Advocacia-Geral da União entrou com um pedido de prisão em flagrante de criminosos que participam do ato.