A preocupação do fugitivo da Penitenciária Federal de Mossoró, Rogério Mendonça da Silva, com a avó Tereza Padilha Silva, de 86 anos, ajudou investigadores a identificar o perímetro onde os criminosos poderiam estar. Segundo informações apuradas pelo site Metrópoles, durante o período da fuga Rogério usava diversos celulares para entrar em contato com parentes e saber sobre o estado de saúde da idosa.
Ele passou a ser criado pela avó a partir dos 6 anos de idade – ela mora na região de Ramal de Cassarian, no Acre. Rogério ficou aos cuidados de Tereza porque a mãe dele, que reside no Rio de Janeiro, precisou cuidar de um outro filho, com deficiência.
Quando soube da fuga do neto, inclusive, Tereza Silva gravou diversos apelos às autoridades para que seu neto fosse localizado com vida e também pediu que Rogério se entregasse.
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As ligações ajudaram a determinar o trajeto dos fugitivos, que foram presos em Marabá, no interior do Pará, após investigação da PF no âmbito da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco). A ação foi realizada na BR-222, com o apoio da PRF. Marabá fica distante 1.600 km de Mossoró.
As diligências da PF indicaram que a dupla havia conseguido chegar até a Região Metropolitana de Belém (PA) e tinha planos de deixar o país.
Rogério e Deibson Cabral foram presos na quinta (4/4), enquanto viajavam num comboio com três veículos pela estrada que vai de Belém a Marabá. O comboio foi interceptado pelos policiais na ponte sobre o Rio Tocantins.
Junto com os fugitivos, foram detidos mais quatro homens, suspeitos de integrarem a rede de apoio dos criminosos. A polícia também apreendeu um fuzil calibre 5,56mm, os veículos e os celulares. Na madrugada desta sexta (5), Rogério e Deibson já foram transferidos de volta para a Penitenciária de Mossoró.
*Com informações de Metrópoles