O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, realizou um pronunciamento nesta quinta-feira (4/4), após a recaptura dos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, efetuada hoje. Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, foram capturados por policiais federais em Marabá, no Pará, a 1.500 km de distância da penitenciária.
Lewandowski confirmou que os prisioneiros voltarão a Mossoró. Ele disse:
“Eles voltarão para a penitenciária de onde fugiram, em Mossoró, totalmente reformulada. Haverá inspeção diária. A direção foi trocada. De lá certamente não se evadirão”.
O ministro da Justiça também disse que os dois homens planejavam fugir para o exterior, e que a captura decorreu de uma mudança de estratégia na operação. Ele afirmou:
“A mudança da estratégia consistiu em sairmos da busca física, por assim dizer, e trabalhar na parte da inteligência, sobretudo a parte do inquérito aberto pela PF de Mossoró”.
O secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, também se pronunciou. Ele disse que “o sistema penitenciário federal não é mais o mesmo desde a data do evento”. Segundo ele, 10 mil novas câmeras serão instaladas e a iluminação também foi trocada.
Os dois prisioneiros fugiram em 14 de fevereiro, na primeira fuga de um presídio de segurança máxima do país. Foram 50 dias até a recaptura.
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A captura
As autoridades divulgaram mais detalhes sobre a operação de captura dos fugitivos: Os fugitivos e outros quatro homens estavam na capital Belém e foram capturados quando se deslocavam em três carros para Marabá.
Rogério e Deibson, que integram a facção Comando Vermelho do Acre, estavam em veículos diferentes — que eram conduzidos pelos comparsas — e tinham outro carro na “escolta”, segundo a PF.
O grupo foi recapturado em uma ação conjunta entre a PF e a PRF na BR-222. A ação ocorreu nas imediações de uma ponte rodoferroviária. Um dos fugitivos foi capturado pela PRF. O outro, pela PF.
Segundo o diretor da PF, Andrei Passos Rodrigues, em entrevista coletiva após o pronunciamento de Lewandowski, os criminosos tentaram esboçar reação. Rodrigues disse:
“Houve esse esboço de uma reação com um fuzil apontado para os policiais. Mas a ação das nossas equipes, e lá estava o nosso grupo de pronta intervenção, que é um grupo tático e preparado para esse tipo de circunstância, permitiu que a ação fosse sem uma reação”.
Com informações de UOL.