Laudos da Polícia Científica de São Paulo constataram que não houve violência na morte da jovem Livia Gabrielle, e que nem ela nem o jogador Dimas usaram drogas ou bebidas alcoólicas durante o seu encontro amoroso. Livia teve um sangramento e morreu após ter relações sexuais com Dimas, em 30 de janeiro.
Os documentos, concluídos nesta semana, foram obtidos pelo Fantástico, da TV Globo.
O laudo aponta que não havia fratura nem sinais letais de violência em Livia. Além disso, não foi encontrado esperma do atleta no corpo dela, o que confirma que houve uso de camisinha na relação sexual.
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A lesão em Livia foi causada por um “objeto contundente”, que não foi especificado.
Segundo especialistas, o pênis de Dimas pode ter causado a ruptura no corpo da jovem, mas o caso seria raro. Fabiene Vale, da Federação brasileira Assoc. ginecologia e Obstetrícia, afirmou:
“Teria hematoma ou outro machucado se fosse sexo forçado, violência sexual, e em outra parte do corpo também. Ela teve uma hemorragia, tanto na parte interna quanto externa. O pênis pode ter levado a essa lesão, o caso dela foi uma fatalidade pelo o que está parecendo pela parte anatômica. Em qualquer caso de sangramento, o tempo faz diferença”.
O advogado de Dimas, Tiago Lenoir, afirmou que o jogador foi “testemunha de uma fatalidade”. Ele disse:
“Os laudos deixam claro que houve consentimento e que não houve violência. É um absurdo espremer para tentar buscar algo criminal contra Dimas”.
A família de Livia preferiu aguardar as investigações e não quis gravar entrevistas.
Relembre o caso
Lívia Gabrielle teve um corte profundo em suas regiões íntimas após ter relações com o jogador Dimas Cândido e morreu depois de ter quatro paradas cardiorrespiratórias. Segundo o atestado de óbito, a jovem teve uma “ruptura do saco de Douglas com extensão à parede vaginal esquerda”.
Saco de Douglas é o nome dado a uma região genital que fica na parte baixa do abdômen entre o útero e o reto.
Orientado pelo Samu, ele teria colocado Lívia de barriga pra cima e começou a massagear o peito dela até a chegada da ambulância. Foi quando notou o sangramento dela.
O socorro à jovem demorou 51 minutos até a chegada ao hospital: Os socorristas tiveram dificuldade em adentrar o condomínio e acessar o apartamento de Dimas. Além disso, imagens de câmeras de segurança mostram que um dos socorristas retornou à ambulância para pegar um equipamento. O objeto em questão seria um reanimador manual, usado em casos de insuficiência respiratória, porque o que eles haviam levado não estava “funcionando bem”.
O caso está sendo investigado como morte suspeita e as autoridades ainda aguardam outros relatórios médicos para verificar se a vítima tinha alguma doença.
*Com informações de UOL