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Justiça do trabalho terá primeiro juiz cego empossado nesta sexta-feira (26/7)

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A Justiça do Trabalho de São Paulo terá importante marco de inclusão ao empossar Márcio Aparecido da Cruz Germano da Silva, de 44 anos, como juiz de primeiro grau. O paranaense de Maringá (PR) será o primeiro magistrado com deficiência visual a ser empossado na 1ª instância trabalhista no Brasil.

“Estou muito feliz por realizar esse sonho. Uma expectativa muito grande. Sei que haverá muito trabalho, mas o tribunal já tem dialogado comigo de uma forma muito bacana, está me recebendo muito bem. Tenho certeza que eu vou, junto com o tribunal, trabalhar de forma plena e fazer aquilo que eu acredito. O direito do trabalho lida com a coisa mais sensível da vida humana, que é o trabalho”, disse em entrevista ao Estadão.

Segundo Germano, ele perdeu totalmente a visão ainda quando criança depois de dois erros médicos, causando cegueira total, afirmou. Aos quatro anos, Germano estava com febre, e ao chegar no hospital o médico que realizou o atendimento pensou que ele estava prestes a ter uma convulsão. Então um remédio com dosagem para adultos foi dado a Germano, mas ele é alérgico. A partir daquele momento, desenvolveu a síndrome de Steven Johnson.


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Não bastasse esse ocorrido de perder parcialmente a visão, Germano enfrentou outro problema médico. “No meio da minha primeira série (ensino fundamental), o segundo erro médico, um erro oftalmológico agora, ele provocou a perda da visão do olho que eu enxergava. Eu fico cego com oito anos. Então foi uma sequência de dois erros médicos no intervalo de quatro anos.”

Germano já tinha sido aprovado em dois concursos. Em 2005, ele se tornou técnico judiciário; em 2011, foi aprovado analista judiciário, tendo atuado no TRT da 9ª região por 12 anos escrevendo minutas de votos do desembargador Ricardo Tadeu; e agora, em 2024, está prestes a ser nomeado juiz.

Para estudar, Germano afirmou que não foi nada fácil onde encontrou dificuldades desde o ensino fundamental com a falta de acessibilidade. Na faculdade de direito, ele estudou com a ampliação dos livros em formato digital.

Ele conta que o destaque de sua trajetória foi a prova oral do CNU, onde, pela primeira vez, sentiu que competia em igualdade de condições com outros candidatos.

Há hoje, na Justiça do Trabalho, há apenas dois magistrados com deficiência visual, ambos atuando em 2º grau: o desembargador Ricardo Tadeu, e o desembargador Marco Antônio Paulinelli de Carvalho, do TRT de Minas Gerais.

O exemplo de Márcio não apenas ilumina as possibilidades para pessoas com deficiência em alcançar altos cargos no serviço público brasileiro, mas também enfatiza a importância de uma infraestrutura mais inclusiva e acessível em todos os níveis da sociedade.

*Com informações do Estadão e CNN

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