Investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) apontam que policiais militares que faziam a segurança do empresário Vinícius Gritzbach, delator do PCC morto em aeroporto de Guarulhos (SP), “falharam” propositalmente para facilitar execução.
Uma das hipóteses levantadas indica que os quatro policiais militares envolvidos na proteção do empresário podem ter alertado os responsáveis pelo ataque sobre o momento exato de sua chegada.
Segundo as informações iniciais, os PMs justificaram que o carro destinado ao transporte de Gritzbach teria sofrido uma pane no trajeto para o aeroporto, o que teria feito com que três dos policiais ficassem no local da avaria para garantir a proteção do veículo.
Enquanto isso, apenas uma segurança acompanhou o empresário até o terminal em um carro alternativo. Essa decisão é vista como questionável por especialistas e investigadores, uma vez que o protocolo de segurança para um delator tão visado recomendaria a presença completa do grupo de escolta em situações de risco.
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Um investigador ouvido pela TV Globo destacou que o “mais lógico” teria sido que os quatro policiais seguissem até o aeroporto, abandonando o carro com problemas para priorizar a integridade do delator. A falha operacional agora é parte central das investigações.
Para saber com quem os PMs conversaram momentos antes do crime, os investigadores recolheram os celulares do quarteto. O celular de Gritzbach e de sua namorada também foram recolhidos passam por por uma análise forense.
Os policiais envolvidos, identificados como Leandro Ortiz, Adolfo Oliveira Chagas, Jefferson Silva Marques de Sousa e Romars César Ferreira de Lima, prestaram depoimentos à Polícia Civil e à Corregedoria da Polícia Militar e foram afastados de suas funções.