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Interventor divulga relatório final sobre terrorismo em Brasília

Interventor divulga relatório final sobre terrorismo em Brasília

Ricardo Cappelli, interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, divulgou nesta sexta, dia 27, o relatório final sobre os atos de destruição ocorridos em Brasília no último dia 8. O documento aponta que ocorreu “falha operacional” das forças de segurança durante os ataques.

Segundo o relatório, não houve um planejamento operacional de policiamento para evitar e parar os manifestantes radicais.

Cappelli ressaltou no relatório que o acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército serviu como uma “minicidade golpista” e que o local serviu como base para a idealização dos atos de destruição, desde dezembro de 2022. Ele disse:

“Todos os eventos, o evento do dia 12 de dezembro, a tentativa de explosão de bomba e bloqueio do aeroporto. Todos os eventos passam de uma forma ou de outra pelo acampamento. Acampamento criminoso que perturbou a ordem pública do DF”.


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O documento também aponta que na sexta-feira anterior aos atos, 6 de janeiro, um documento da Secretaria de Segurança Pública já afirmava que os grupos falavam em “tomada de poder” durante os atos e, mesmo assim, a segurança não foi reforçada. Mesmo assim, o comandante-geral da Polícia Militar à época, não acionou batalhões que poderiam atuar na ocasião.

Cappelli também voltou a criticar a conduta do ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres (e ex-ministro do governo Jair Bolsonaro), que no momento se encontra preso na sede da Polícia Federal em Brasília. Ele afirmou:

“Fica claro o impacto da posse de Anderson Torres e da instabilidade que ele gerou na SSP com nomeações e trocas. A questão aqui é de liderança, de comando. O gestor público que lidera a operação deve ter. Tudo isso faltou no dia 8, na melhor das hipóteses”.

O relatório foi encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) para análise do ministro Alexandre de Moraes.