Nesta terça-feira (23/01), a defesa de Robson Rodrigo Francisco, amarrado pelos pés e mãos com corda durante uma abordagem policial, protocolou, um pedido de indenização por danos morais de R$ 1 milhão na Justiça de São Paulo.
O caso aconteceu após o jovem ser acusado de furtar chocolates em um supermercado na cidade de São Paulo, em junho de 2023, junto com outras duas pessoas. A ação também solicita a condenação do estado de São Paulo pela prática de tortura cometida pelos policiais militares no exercício da profissão.
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De acordo com advogado de defesa José Luiz de Oliveira, Robson foi tratado “como um verdadeiro animal” e que as imagens circuladas da ação policial, remetem “época da escravatura”.
“O autor foi mantido com seus pés e suas mãos amarrados por mais de três horas”, apontou a defesa.
As agressões contra Robson Rodrigo Francisco começaram após sua recusa em sentar-se, destacou o advogado José Luiz de Oliveira Júnior.
Entenda
Em junho do ano passado, o então suspeito foi amarrado pelos pés e mãos com corda por policiais militares durante uma abordagem que resultou em prisão por furto. Robson foi amarrado de forma que não conseguia ficar em pé nem sentado, após ser encontrado com duas caixas de chocolate, que seriam fruto do crime.
Em audiência na Justiça Paulista, ocorrida em outubro do ano passado, Robson assumiu o furto das duas caixas de chocolate, mas não foi sentenciado. Ele está atualmente em liberdade provisória.
Em vídeo feito por testemunha na ocasião da prisão, quando o então suspeito foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), é possível vê-lo no chão, enquanto os policiais estão em pé.
Na sequência, o rapaz é arrastado pelo chão por um dos agentes para dentro de uma sala. Depois, Robson é carregado por dois policiais, que o seguram pela corda e pela camiseta. Ainda amarrado, ele é colocado no porta-malas de uma viatura.
Em nota, a Polícia Militar disse que os agentes foram afastados para apurar “eventuais excessos”.