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Gás de cozinha chega ao valor mais alto do século em 71 cidades brasileiras

Gás de cozinha chega ao valor mais alto do século em 71 cidades brasileiras

Ingrid Galvão
Por Ingrid Galvão | 22/11/23 às 16:22h

Em novembro, o preço do gás de cozinha atingiu níveis preocupantes em 71 municípios brasileiros, ultrapassando a maior média nacional semanal do século, que foi de R$ 113,66 entre os dias 10 e 16 de abril de 2022.

Na cidade de Tefé, no Amazonas, o botijão chegou a superar em quase 34% o recorde, com o vasilhame de 13 quilos do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) sendo comercializado a R$ 152, o preço mais elevado do país, segundo o OSP (Observatório Social do Petróleo), com base no levantamento de preços de combustíveis da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).


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Durante a semana de 12 a 18 de novembro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou uma análise abrangente dos preços do botijão de gás em 456 municípios brasileiros. Notavelmente, os valores oscilaram entre R$ 114 e R$ 152. Em 71 cidades, os preços ultrapassaram a marca da série histórica, com início em julho de 2001, quando o órgão regulador federal começou a divulgar os valores do gás de cozinha.

Na análise do Observatório, destaca-se que, das 10 cidades com os preços mais elevados, seis estão localizadas na região Norte, abastecida parcialmente pela Ream (Refinaria da Amazônia). A unidade de refino, que completa um ano em dezembro, mantém a posição de recordista nacional quando se trata dos combustíveis mais caros, conforme apontado pelo OSP.

Entre os 71 municípios que superaram o recorde do século, três cidades do estado do Rio de Janeiro e três de São Paulo figuram na lista. No Rio, Macaé lidera com o preço mais elevado, cobrando R$ 123 pelo botijão. Em seguida, encontram-se Itaguaí (R$ 121) e Angra dos Reis (R$ 114,84). Já em São Paulo, os custos mais altos do gás de cozinha foram identificados em Marília (R$ 114,44), seguido por Itapeva (R$ 114,16) e Guarujá (R$ 114,09).