Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) anunciaram nesta terça (16/7) que encontraram um fóssil de dinossauro parcialmente exposto em um sítio fossílifero no interior de São João do Polêsine, na Região Central do Rio Grande do Sul. O fóssil teria vindo à tona após a ação das enchentes que atingiram o estado, em maio deste ano.
O Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa) da universidade coordena os estudos. Os pesquisadores afirmam que o espécime tem cerca de 233 milhões de anos, o que faria do achado um dos dinossauros mais antigos do mundo.
As escavações duraram quatro dias e ocorreram no final de maio. Após extraírem a rocha com o fóssil, os pesquisadores tiveram a dimensão de que se tratava de um dinossauro quase completo, com cerca de 2,5 metros de comprimento.
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A região onde foi encontrado o fóssil está associada ao período Triássico, que é o primeiro da Era Mesozoica. O início desse período remonta à origem dos primeiros dinossauros.
O paleontólogo Rodrigo Temp Müller, que liderou as buscas, afirmou:
“Vão ser justamente esses fósseis que ajudarão a gente a entender a origem dos dinossauros. E esse aí é um deles, ele vai ajudar, certamente, a gente a entender um pouco mais sobre esse momento, porque ele está entre os dinossauros mais antigos do mundo”.
Após terminarem o trabalho no laboratório, os pesquisadores entram numa nova etapa: Ele irão investigar se a espécime encontrada já é conhecida ou se um novo dinossauro foi descoberto. Essa etapa deve ser finalizada ainda este ano.
A equipe revela que tem monitorado os sítios paleontológicos, após as enchentes de maio, em busca de fragmentos expostos. Porque a ação das águas, e sua posterior baixa, podem expor os achados, mas também submetê-los à ação das enxurradas, do vento e do sol, que podem destruí-los. Nos últimos tempos, fósseis de animais anteriores aos mamíferos foram achados em outros municípios da região, como Faxinal do Soturno, Agudo, Dona Francisca e Paraíso do Sul.
Com informações de G1.