O traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, recebeu aval da Justiça para voltar ao sistema penitenciário do Rio de Janeiro. A decisão judicial que autorizou o retorno dele para presídio carioca data de 9 de outubro e foi tornada pública nesta quarta, 25.
Rogério estava desde 2018 no presídio federal de Porto Velho para impedir o seu contato com o crime organizado na Rocinha, o qual comandou.
Leia mais:
CAOS NO RJ: Dino anuncia reforço militar no Rio de Janeiro
Polícia prende 12 criminosos por ataques a ônibus no RJ
No despacho, a juíza federal corregedora Sandra Maria Correia da Silva, que inicialmente havia pedido a permanência do traficante em Porto Velho até janeiro de 2024, diz que seu parecer perdeu validade porque a Justiça do Rio de Janeiro, de onde o caso é originalmente, havia determinado o regresso. Agora, caberá à Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) efetivar a transferência dele em até 30 dias.
Rogério 157 já tinha tentado voltar ao RJ antes. Em janeiro, uma operação da Polícia Civil do estado prendeu o advogado dele e um policial que tentaram subornar o agente responsável pela avaliação de risco de transferência do traficante. Esse agente afirmou em depoimento que lhe ofereceram quantia em dinheiro para ele não entregar sua avaliação no prazo e, assim, abrir brecha para pedir o retorno do criminoso.
Posteriormente, a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro atendeu em 17 de outubro, por unanimidade, o pedido do traficante para voltar para o estado.
Quem é Rogério 157
Rogério 157 era um dos chefes do crime organizado da Rocinha. Ele foi condenado a 32 anos de prisão por tráfico, associação para o tráfico e corrupção ativa. Ele integra a facção Comando Vermelho e se tornou conhecido por sentenciar rivais ao “microondas”, ou seja, a serem incinerados dentro de pneus.