Nesta quinta, 19, a Americanas entrou com pedido de recuperação judicial na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Mais cedo, a empresa tinha informado que estava com recursos reduzidos em caixa e admitia a possibilidade de iniciar processo de recuperação.
Caso seja aprovado, este será o quarto maior pedido de recuperação da história do país, atrás dos da Odebrecht, Oi e Samarco. As dívidas da Americanas totalizam R$ 43 bilhões entre aproximadamente 16,3 mil credores.
Leia mais:
Ministério da Justiça notifica Lojas Americanas
Portaria do Ministério da Economia afeta Polo de Informática
Segundo a empresa, ela teria em caixa R$ 800 milhões. O valor é significativamente menor do que os R$ 8,6 bilhões reportados no balanço de resultados do terceiro trimestre de 2022. A crise na Americanas tornou-se pública em 11 de janeiro, quando a empresa divulgou que havia identificado “inconsistências em lançamentos contábeis” nos balanços contábeis, em um valor que chegaria a R$ 20 bilhões. O rombo teria sido causado por dívidas com bancos em operações de risco sacado, e a ameaça de calote iniciou uma batalha jurídica entre a empresa e os principais credores.
O prazo entre o pedido e a homologação de um plano de recuperação é de 60 dias. O processo de recuperação judicial impede que a empresa feche suas portas: trata-se do processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça.