Na noite de ontem, a delegada Maria Aparecida Mallet disse que o motorista do carro alegórico que imprensou a menina Raquel Antunes de Silva, de 11 anos, na noite de quinta-feira, 22 na Sapucaí, mentiu em seu depoimento à polícia.
Ela afirmou que o motorista, que não teve o nome revelado, informou não ter visto crianças ao redor ou em cima do carro alegórico abre-alas da escola de samba carioca Em Cima da Hora. Ele então teria dado a partida e prosseguido com o reboque da alegoria. Mas vídeos de segurança do local mostram que havia várias crianças, não só Raquel, brincando em cima do carro na hora do acidente.
Leia mais:
Morre menina imprensada por carro alegórico na Sapucaí
Criança de 2 anos morre atropelada por carro em Manaus
O caso, segundo a delegada, ainda é tratado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Várias testemunhas prestaram depoimento, mas ainda faltam os familiares irem à unidade da polícia contar a versão deles sobre o caso. O carro alegórico foi apreendido para a investigação.
Raquel foi imprensada pelo carro e chegou a ter a perna direita amputada. Ela também teve traumatismo no tórax e respirava com ajuda de aparelhos. Raquel não resistiu e veio a falecer ontem à tarde, no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Souza Aguiar, no Centro. O caso dela sempre foi tratado como gravíssimo pela unidade de saúde.
Após o acidente, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que as escolas da Série Ouro, do Grupo Especial e das escolas de samba mirins façam escolta dos carros alegóricos até os barracões. A decisão do juiz da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso acolheu o pedido do Ministério Público Estadual.