Na quinta (12/9), um homem foi preso em flagrante por policiais civis da 41ª DP (Tanque) pela morte de uma criança de 3 anos no Tanque, na Zona Oeste do Rio. Horas depois, a mãe do menino também foi autuada em flagrante.
Suspeitos de causar a morte da criança, o padrasto Daniel Alves Brasil e a mãe Laryssa Bezerra Aguiar foram presos por tortura com resultado morte, sem direito à fiança, depois que o menino foi levado com diversas lesões pelo corpo para o Centro Municipal de Saúde Jorge Bandeira de Mello, que fica na Avenida Geremário Dantas, em Jacarepaguá.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o menino já deu entrada em parada cardiorrespiratória e, mesmo com a tentativa de socorro, não resistiu. Os médicos tentaram reanimá-lo durante 30 minutos.
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Uma vizinha do casal disse à polícia que gritos da criança eram constantemente ouvidos, que ele era trancado e que costumava passar dias sem ir para a creche quando esses episódios aconteciam. A testemunha disse ainda que já tinha visto o suspeito beijar a boca da criança.
Foi essa vizinha quem viu que o menino estava desmaiado e começou a gritar com o padrasto, dizendo que ele era culpado. Em uma tentativa de argumentar, Daniel disse que o garoto tinha se afogado em uma bacia enquanto tomava banho.
Segundo a polícia, o corpo do menino apresentava hematomas tanto recentes, alguns com sangue, quanto antigos – que mostram que ele vinha sendo agredido constantemente. Um alargamento no ânus do menino também foi constatado ainda no hospital, e a polícia suspeita de abuso sexual. Um exame de corpo delito será feito no Instituto Médico Legal para determinar a causa da morte.
A polícia também informou que Daniel já tinha sido preso em flagrante em 2019 por roubo e, depois, em 2022 por associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo. Além disso, o homem é investigado em outros inquéritos policiais por violência doméstica e familiar contra mulher.
Testemunhas ainda contaram para a polícia que o padrasto costumava ficar sozinho com o menino, e que a mãe sabia das agressões. Mais de 10 depoimentos foram colhidos pela polícia. O delegado que apura o caso disse à imprensa:
“A sociedade falhou com essa criança, todos nós falhamos com essa criança porque ela precisava de um socorro e não teve. A tragédia emocionou muito os policiais, os médicos também. Todos temos familiares. Os médicos lamentaram que não conseguiram salvá-lo. Todos nós imaginamos o quanto essa criança sofreu”.
Com informações de G1.