A expulsão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU será tema de reunião marcada para esta quinta-feira (3) na sede do conselho, localizada em Genebra, na Suíça. O encontro foi solicitado pela delegação da Ucrânia e foi acatada pela maioria dos países, Brasil inclusive, que se posicionou contra a medida proposta pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.
Em discurso realizado no conselho na última terça-feira (1), Blinken também condenou os abusos dos direitos humanos da Rússia e as violações do direito internacional humanitário no ataque à Ucrânia.
Fontes do governo afirmam que o Brasil avalia a decisão como extrema e contraproducente. Em linhas gerais, o país tem defendido que seja aprovada uma resolução nesta área de direitos humanos, mas algo que seja equilibrado e siga o parâmetro manifestações da diplomacia brasileira na sede da ONU, em Nova York.
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Até agora o Brasil acompanhou a maioria dos países e aprovou resoluções que condenam a Rússia. No entanto, ao mesmo tempo, a diplomacia brasileira tem manifestado, por via do seu embaixador na ONU, Ronaldo Costa Filho, posições críticas também ao Ocidente no conflito.
Ontem, o embaixador disse, após aprovação da resolução, que o documento “é apenas um primeiro passo para alcançar a paz”, que “a paz sustentável precisa de passos adicionais” e que “é lamentável que o papel de apoio que as Nações Unidas podem e devem desempenhar tenha sido deixado de lado na ânsia de apontar o dedo”.
O Conselho de Direitos Humanos, onde o Brasil tem assento, é formado por 47 países eleitos com mandato de três anos.
Via CNN Brasil